domingo, 5 de julho de 2009

A Praça

A praça se encheu de graça quando ele sentava o mundo se acabava e eu a sua querida me enchia de vida para o amarrar. E era louca sem sentido que ao meu querido eu dava tudo e ele ficava mudo quase que pasmado, sentava do meu lado e chegava a me abraçar. E assim a vida corria até que um dia ele quase me olhou no rosto e foi com desgosto que eu falei do mundo e foi num segundo que tudo mudou. E então a praça escurecia, tarde nem parecia, eu e ele sem espanto parecia um pranto jovem que apagou. Ai, eu chorei e fiquei calada, quis amá-lo mas só deu risada; peguei minha covardia vi que ainda era dia e então a praça se iluminou de novo, e eu novamente sem meu primeiro ou terceiro amor. A rua se encheu de lua ele levantava o mundo começava e eu a sua ferida até perdia a vida sem querer amar. Mas a vida logo corria, noite logo era dia, tarde nem aparecia; a graça que enchia a praça tomou-me nos seus braços e sem ter espaço tudo o que eu queria era ter mais um dia pra poder te amar.

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