Já faz um ano. Um ano que me envolvi em uma história que parece agora não ter fim. Saí da minha rotina, da minha "vida normal" e parti para uma outra realidade. Comecei a buscar outras coisas para minha vida. Parei de fazer muitas coisas da minha vida de antes. Passei a ter duas vidas: a de antes e a de agora.
Já faz mais de um ano que resolvi mudar. Resolvi assumir minha característica essencialmente feminina. Hormonal. Instável. Resolvi assumir uma característica que é minha essência pessoal. Um dia lá em cima, outro lá embaixo, alguns poucos no meio termo.
Mulher é assim. E nunca está satisfeita. Mas me dei conta de que isso não deve ser sempre um problema, desde que se tenha consciência da coisa. Se você acordou meio depressiva, ou emotiva, ou o simples fato de alguém te olhar já te irritou, não pense que você é uma louca. Você é mulher. Simples assim.
Homens são mais previsíveis. Principalmente maridos. Porque aquele que não quis ser marido de ninguém não é previsível, mas dele a gente não sabe nada, afinal.
Já faz mais de um ano que procurei alguém tão imprevisível quanto eu. E a história parece não ter mais fim. E, por enquanto, nem eu quero que tenha. Estou tentando descobrir agora em qual realidade me encaixo melhor. Mas rotina com certeza não é a palavra ideal.
Passei a ser duas: a de antes e a de agora. A de antes, mãe, esposa, rotineira, joga Tetris no computador, prepara a comida que todos gostam, não deixa faltar nada em casa, pensa na família, tem o MSN com login automático.
A de agora, tem vida dupla. Apaga sistematicamente históricos de navegação no computador e mensagens do celular. Viaja assim, sem prévio aviso. Mente. Esconde-se atrás de um codinome. Tem amigos em quem nunca deu um abraço. Vive mais por meio de uma tela de LCD do que por meio de contatos pessoais.
Mas hoje estou apenas cansada. Só isso. Não sei nem em que "tag" vou encaixar esse post. Porque hoje não sei nem em qual das duas me encaixo: a de antes ou a de agora. As duas convivem em mim. A de antes, que parece passado, mas que não se afetava com o passado. A de agora, que revive o passado e não se acha no tempo presente. Qual delas sobreviverá no futuro? Ou será que encontrarei alguma coisa no meio disso tudo?
Um comentário:
Na real,acho que vc hoje fique uma sufocação interior,porque gostaria muito de externar essa sua outra faze...a demulher aacima de qualquer coisa.Porque enquanto mães temos sempre que ser as certinhas.darmos exemplo,e isso é sufocante.Não somos certinhas,embora queiramos dar bons exemplos.Mas com certeza ainda não é hora,não é?Eles ainda precisam crescer e criar asas?Pois é...dilema quase igual o meu,com a diferença que ainda não consegui alçar vôo em direção a mais uma vida.Covardia e asas amarradas.
Postar um comentário