sábado, 12 de setembro de 2009

Mulher equilibrista


Infelizmente, continua sendo assim. Nos equilibramos entre a casa, os filhos, o trabalho... e como mulheres, acabamos muitas vezes por baixo, como no desenho ao lado.
Em certas fases da vida, predomina um lado nosso. Já tive fase esposa, quando me preocupava mais receber o maridinho no final do dia do que aproveitar as boas oportunidades profissionais. Acabei me separando, perdendo marido e oportunidades.
Na fase baladeira, deixei tudo de lado: família, trabalho, amor, dinheiro... tudo era esquecido após 2 drinques. E tudo era "Quando será a próxima festa?" Mas os "amigos" da época sumiam durante a ressaca, embora os verdadeiros estejam comigo até hoje.
Também tive fase profissional, em que me preocupava em dar tudo de mim no trabalho, me dedicando ao máximo e, na época, cheguei à conclusão de que esse era o caminho para mim. Engano. Ninguém é insubstituível. Profissionalmente você pode ser excelente, mas jamais vai ser o melhor por muito tempo. E privilegiar o trabalho é chegar em casa e encontrar-se com o vazio.
Já tive fase mãe, durou bastante, onde todo aquele contato e cuidado diário com minha filha preenchia minha necessidade física de carinho e isso deixou meu lado mulher hibernando... mas felizmente passou e hoje tento levar em paralelo minhas obrigações de mãe com minha vida pessoal. Porque já estou sentindo que filhos realmente são para o mundo, e assim como adoram estar em sua volta, no outro instante adoram estar com outras pessoas também!
Agora estou vivendo uma fase de recuperação e transcendência. Recuperar o que me faz ser quem eu sou, recuperar minha essência, superar quem eu sou, superar minha essência. Quero redescobrir coisas que me fazem feliz. Quando era adolescente, queria ser jornalista. Não segui esse caminho, mas hoje - e aqui - recupero uma coisa que sempre adorei: escrever. Quando era criança, queria ser cantora, hoje tento estar sempre ligada à música (e foi uma das minhas resoluções de ano-novo rsrs...).
Na corda bamba da minha vida de mulher, que quer sempre estar fazendo várias coisas ao mesmo tempo, procuro um espaço para, de vez em quando, atirar tudo para cima... e ser somente eu mesma, no silêncio e na solidão prazerosos de quem ama a si mesma antes de qualquer outra coisa!
Muitos beijos!

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